2006/07/28

Esperanto - uma língua de eqüidade (em inglês)



D O L C H A M A R


Abaixo, tradução minha do texto original (em inglês) o qual pode ser acessado clicando aqui.

Esperanto – uma lingua de eqüidade

Ensinar pessoas disléxicas é o dia de trabalho de Patrik Austin. Como estudante, ele se concentra nas línguas escandinavas. Como músico, concertista em bailes e ativista de organização, ele fala Esperanto.


Virve Pohjanpalo



Esperanto é uma língua testada em ciência, poesia e música popular. É uma língua nascida do ideal de eqüidade, e que foi banida por Hitler e Stalin no auge do fervor nacionalista. Hoje, o Esperanto é uma língua que traz reunido um grande número de entusiastas, freqüentemente em uma ampla variedade de festivais internacionais. Para Patrik Austin, um estudante de línguas escandinavas na Universidade de Helsinki, é um passatempo acadêmico e a língua usada em suas letras de roque.


Austin tinha apenas cinco anos de idade, quando, pela primeira vez, ouviu sobre a língua intenacional, pelo rádio. O locutor era M. A. Numminen, um artista subversivo conhecido de todos os finlandeses como o cantor que não pode cantar, um gênio em línguas, e o anfitrião de estranhos programas infantis. A “língua da eqüidade” descrita por Numminen parecia uma grande idéia, embora fosse, às vezes, difícil para uma criancinha compreender plenamente as idéias do estranho prodígio. De qualquer modo, a base filosófica de uma língua mundial foi instalada na jovem mente.


“Fiquei melhor familiarizado com o Esperanto bem mais tarde quando morava em Londres,” diz Austin. “Eu já estava prestes a iniciar a universidade e pensei que, antes de começar estudando por tempo integral, este seria o tempo de aprender as bases de um novo idioma. Comprei pacotes de estudos para auto-didatas de alemão, francês e Esperanto e o livro mais fininho, de Esperanto, foi o que me deu a maior satisfação.”


Seu entusiasmo também foi alimentado por viver num país de língua inglesa; isto o fez enxergar – diz Austin chocado – o pleno retrato de auto-satisfação da cultura anglo-americana. Se sua língua nativa é o finlandês, falada por apenas cinco milhões de pessoas, é fácil imaginar quantas coisas dignas de atenção são deixadas de lado pela hegemonia cultural globalizada. “O papel dos Estados Unidos no mundo é naturalmente explicado pelas conseqüências da Segunda Guerra Mundial, os recursos naturais do país e outras coisas materiais. Todavia, a língua também tem um impacto: filmes em língua inglesa, música, literatura, ciência, etc. Inovações feitas em áreas lingüísticas menores não resultam em semelhante proveito ou atenção.”


Anarquistas e acadêmicos


Austin enfatiza que os esperantistas não pretendem se opor aos falantes de qualquer língua que seja ou público de qualquer país. A idéia é assegurar que a voz das culturas menores também seja ouvida. “Além do mais, fui instruído por esperantistas ingleses!” Ele ressalta. Aparte de não se opor a qualquer língua ou nação, é difícil listar quaisquer outras características dos esperantistas em geral. “Entre os falantes de esperanto estão inclusos concertistas de roque e anarquistas, bem como lingüístas ou outros acadêmicos,” diz Austin quando se refere aos bastidores de dezenas de milhares de esperantistas.


Austin demonstra que o Esperanto é um língua viva contando sobre suas próprias atividades nas quais ele utiliza o Esperanto. As discotecas em festivais de Esperanto bem que podem, hoje, tocar músicas da banda Dolchamar, do Austin, junto com clubes de roque de Helsinki ou festivais finlandeses de música mundial. “Nos intervalos para fumar dos ensaios da nossa banda, pegamos os nossos notebooks e estudamos a língua,” diz Austin. “Tenho que admitir que é encorajador sermos chamados de a banda falante do Esperanto mais popular e reis das discotecas. Há talvez cinqüenta bandas competidoras e aproximadamente vinte bandas cantando em Esperanto as quais, ativamente, constituem barcos pequenos. O lado musical do Esperanto explodiu no século XXI.


A equipe de dança-de-salão de Austin é também constituída por esperantistas. Ele acha que seria formidável se o Esperanto pudesse ser reintroduzido na vida acadêmica finlandesa. Há poucos anos passados, o Esperanto ainda não era ensinado na Universidade de Helsinki o que Austin considera um vexame. A língua parece ser verdadeiramente talhada para este nosso mundo que tão rapidamente se encolhe nesta era da globalização. Realmente, a questão de uma língua comum não se tornou, de fato, uma tendência até agora. Embora tenhamos um novo meio de comunicação, a Internet, ele não suprime as barreiras lingüísticas. Austin e um grupo de estudantes fundaram um Clube de Esperanto, o EsperHe, na universidade, no ano passado, e o curso organizado pelo seu círculo de estudos foi aceito no currículo geral de lingüística, neste período letivo.


Auxílio para diferentes estudantes


O Esperanto e o finlandês não são as únicas línguas marginais que Austin conhece. A Islândia, com a qual Austin é também muito familiarizado, é também uma nação pequena. Uma razão pela qual Austin empregou seu tempo em Londres foi em seus estudos de islandês, no University College, de Londres. Mais tarde ele prosseguiu seus estudos em Reykjavik.


Em acréscimo às línguas não-prioritárias, Austin investiu muito tempo e energia em estudantes que foram deixados de fora da pedagogia prioritária. Seu grau de mestrado inclui uma dose de pedagogia das necessidades especiais. Ele diz que entrou em contacto com a pedagogia das carências especiais acidentalmente. Ele atuou como professor substituto enquanto estudava, e as ofertas de trabalho também incluíam substituição para professor para necessidades especiais. “Muitas pessoas se assustam com a idéia de ensinar crianças com necessidades especiais.” Austin diz. Quando fui solicitado, eu deixei rolar, e gradualmente tenho me tornado melhor nisso. Agora estou me concentrando na pedagogia das necessidades especiais e me encontro numa situação engraçada. Ainda sou um estudante, mas simultaneamente, estou ministrando cursos de capacitação para professores qualificados.”

Austin ganhou esperiência no ensino aos necessitados especiais do mais baixo ao mais alto grau das escolas secundárias e de uma ONG promovendo os direitos de diferentes estudantes. Austin diz que essa organização é uma importante pioneira na pedagogia das necessidades especiais. “O conhecimento pedagógico acadêmico fornece uma boa inspiração neste trabalho,” ele diz. Mas você tem que inventar soluções práticas de acordo com as situações de ensino e estudantes, particularmente. Eu tive que repensar meus preconceitos por muitas e muitas vezes.” Antes de se tornar um lingüista e um professor, Austin transitou, na maioria das vezes, no mundo musical. De algum modo, ele se tornou um círculo pleno, como agora ele utiliza música e ritmo para auxiliar pessoas disléxicas a aprender.


Se você estiver interessado no Esperanto, estes links o auxiliarão a descobrir mais:


www.esperanto.fi/fejo/iesar (uma rede internacional de estudantes universitários interessados no Esperanto, fundada por Patrik Austin e amigos).

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